terça-feira, 11 de novembro de 2008

Emprego em Portugal...?

Em Agosto, estava eu na praia a "trabalhar para o bronze" quando recebi uma chamada no meu telemóvel... Com a ajuda mais ou menos ortodoxas, consegui emprego num hospital no norte a uns 70km de Braga... A minha mãe ficou radiante com a notícia, mas eu apesar de ter ficado feliz, não fiquei 100% satisfeita... Pensar em tantos colegas meus com médias muito superiores as minhas que quase era capazes de matar alguém por ter ficado a trabalhar nesse hospital, para mim aceitar esta vaga seria pecado. Sou uma pessoa demasiado moralista e estupidamente altruista. Pensar nesta vaga fez-me lembrar automaticamente na minha grande amiga Rosa que estava na fase de pensar em casamento e que se tinha sacrificado para ir trabalhar para Madrid. Era uma pessoa bastante inteligente e bastante aplicada e provavelmente precisaria mais deste emprego que eu...

Na Quarta feira de manhã, peguei no meu económico Ax e fui eu até ao hospital X. A paisagem era fantástica, a estrada um bocado para o mediocre (estradas nacionais, claro), o ceu estava nublado... Em uma hora e meia cheguei ao destino, depois de várias paradas para perguntar aos peões a localização do hospital, bem como de tanto procurar local para estacionar.

Entrei no hospital, pedi para avisarem o Sr. W que eu já tinha chegado...

As condições eram as que previa... Contrato para cubrir uma baixa por maternidade, iria para o serviço de Medicina etc etc etc... Deram-me dois dias para pensar na proposta...

Voltei para Braga super indecisa... O salário não cubriria as despesas de gasóleo nem de desgaste do carro de fosse e viesse todos os dias... Mesmo que procurasse alojamento ficaria sem quase dinheiro nenhum...

Aceitar este emprego seria invejada mas não me sentiria em paz... não aceitar seria completamente parva e continuaria sem trabalho...

Passado dois dias voltei lá... Com um "peço imensa desculpa pelo incómodo causado" preferi não aceitar este emprego... disse que conhecia uma pessoa (Rosa) que ficaria super satisfeita em lá trabalhar mas o sr W disse que antes de chamar a minha amiga tinha uma lista de factores Cs como eu a espera de um contacto...

A minha mãe não me dirigiu a palavra quase 3 dias... Além de me chamar parva, chamou-me estupida, moralista e preguiçosa... Moralista nesta situação foi um grande grande ataque pessoal.

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